
Assistir ao embate do Manchester City frente ao Al-Hilal no Mundial de Clubes já era tenso — 2-2 no final do tempo regulamentar, o City a parecer abalado. De seguida, o árbitro apita mesmo na altura em que o City grita por falta.
Ele não se conteve. Entrou em campo, agitando os braços, as palavras a voar. Era praticamente possível ver o fumo a sair de seus ouvidos. Vi o vídeo umas cinco vezes — não é todos os dias que vemos Pep perder a sua famosa calma zen.
Sinceramente, compreendo. Apostas altas, troféu em jogo, e o árbitro marca o golo com o que parecia ser uma falta tática? Se é adepto do City, fica furioso. Se é neutro, adora o drama.
Mas eis o problema: mesmo após o prolongamento, o City foi eliminado por 4-3. O Al-Hilal aproveitou o momento e correu com ele — literalmente. O colapso foi a cereja no topo do bolo do pesadelo do City.
O que mais me impressionou foi a aparência humana do Pep. Costuma ser tão clínico, tão comedido. Mas aquele desabafo? Foi cru, emocionante e, arrisco dizer, identificável.
No final de contas, é um lembrete: o futebol não é só tática e estatísticas. É paixão, desilusão amorosa e, por vezes, um treinador a gritar para a cara do árbitro.
